sábado, 25 de setembro de 2010

SeCine

Lembro de ter pensado em abrir um blog para escrever especificamente sobre cinema.
Penso muitas coisas e realizo poucas. Bom, nem tão poucas assim. Ultimamente, tenho me surpreendido com a quantidade de coisas que estão acontecendo comigo. Uma fase muito boa a balzaquiana.
A sessão de cine de hoje, para resgate de alguns desejos encalhados, resulta de Julia e Julie ou vice-versa. Não lembro mais quem terminava com a e quem com e.
Filme perfeito para o dia de hoje: sábado em casa.
Depois de ter saído apenas para as compras de mercado (tava mais do que na hora!), liguei o ipod ao som de pearl jam,e iniciei os trabalhos culinários.
É muito prazeroso cozinhar com tempo e com vontade. Uma terapia.
Coloquei a água a ferver, um tablete de caldo de galinha, o arroz com grãos e uma pitada de pimenta do reino em uma panela pequena. Para uma só pessoa, é necessário considerar os excessos.
Paralelamente, cortei - com minha nova faca afiada - tiras de filé mignon (sim, coisa chique. Trés chic). Mantive as tiras embebedadas no shoyo com mais uma boa quantia da mesma pimenta.
Esquentei óleo de girasol em uma panela grande na qual joguei os pedaços macios da carne, que, imediatamente, iniciou seu processo de desidratação. O molho estava tomando vida, aguardando as verduras. Estas já vieram cortadinhas e embaladas. Tenho uma certa preguiça, digamos. para fazer todas as etapas do processo. Se uma delas já vem pronta, aproveito a oportunidade.
Enquanto o arroz cozinhava (o arroz com grão leva meia hora para ficar pronto; mais tempo do que o arroz branco. Sim, este mesmo, inútil para uma alimentação saudável), misturei as verduras com a carne e o molho dela resultante.
Voilà.
O yakissoba estava basicamente pronto. Faltava apenas adicionar mais shoyo e, surpresa!, castanhas de caju advindas daquela outra ilha sobre a qual escrevi em publicação anterior.
Que marrrravilha!
Espalhei o arroz sobre o prato fundo, fazendo dele a base, e, com a concha, o tapei com o yakissoba.
Sentei-me no sofá velho de guerra. liguei o netbook e escolhi Julia e Julie.
Elas estavam arquivadas há bastante tempo; chegara a hora da libertação.
Agora, bicando uma taça do maravilhoso concha y toro, escrevo e agradeço.
Bon appétit!   

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Da ilha à ilha

Esta vida é mesmo uma caixinha de surpresa: quando menos esperamos, surgem possibilidades quase que pré-destinadas, quase que fadadas a acontecer.
Da ilha de Florianópolis à ilha de São Luis. Lembra um pouco a música do Chico. No meu caso: minha vó e mãe são maranhenses, de São Luis; meu pai, porto alegrense. Meu avó, vienense. Enfim, são várias as origens.
Nesta postagem, escrevo sobre minha visita a São Luis, de pouco mais de um dia, apenas, entre dois dias de aeroportos e céus. É inevitável: os movimentos se repetem.
Hoje, moro em uma ilha: quem diria?
São Luis veio-me atualizando um passado não meu. Conheci parentes que me viram nascer, mas não os reconheci racionalmente; apenas me emocionei com nossa presença depois de mais de 30 anos.
Estes momentos são inexplicáveis - quase como aquela propaganda genial: "tem coisas que o dinheiro não compra" - e as horas de intervalos entre os vários vôos  (pinga-pinga no céu) - com direito a ver Elke Maravilha de perto - valem a pena.
 

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

um dois três de oliveira quatro

As coisa são assim.
Simples, like that.
Nada além, nada aquém, apenas a existência.
O nome que recebemos, por mais estranho que soe, é o nome que recebemos: um dois três de oliveira quatro.
And that's life.
Poderia ser diferente, sim, é claro, mas é o que é.
Não por isso, não possa ser outra coisa: aliás, é sempre outra coisa, em outro momento, ínfimo e inapreensível instante.
A coisa não pode ser tão complexa quanto imaginamos: estamos aqui, ali e lá.
Simple as that.
Sem querer, e já soando como autoajuda, com ou sem hífen: viva!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

os irmãos cone

horário de almoço.
do flié minhau ao novo xópi da palhoca: é preciso mudar.
filé de gato nem sempre faz bem e pode, assim como a carne de minhoca mac, viciar.
vai ver tem alguma substância atraente ao cérebro.
vá saber.
lá estava ele, o cone.
eternamente quase sempre atropelado: com veste listrada. aprisionado no laranja fosforecente.
está ali para ser visto.
mundo do espetáculo.
tenho um cone aqui comigo, descansando em paz, entre a biblicleta azul de pneus vazios e a placa de não estacione.
a vida é rápida: disso ninguém duvida.
e lá estava ele, o irmão cone.
sim, por um momento, ele estava lá, entre a cris e eu, seguro, amarrado no cinto de segurança. Tal qual gente grande.
mas não havia espaço.
o outro carro estava mais do que atolado: 6 contra 4.
sim, um pode voltar conosco.
afinal. estavamos mesmo com quase 5: um na barriga.
na volta, momento digestivo depois de um prato de massa - lightmente vegetariano, of course - e de um milkshake arrebatador, o bebê cone: vesttido de abelha.
o dia se deveu, em muito, aos irmãos cone.
an ode to our imagination!